A
mãe de Maria Luiza Fernandes Bezerra, de 15 anos, que foi assassinada
em 2009, lamentou o adiamento do julgamento que começaria nesta
quinta-feira (30), mas disse que não vai esmorecer. "Confio em Deus,
confio que a justiça será feita. A luta continua", disse Rosilene
Bezerra. O júri popular foi remarcado para o dia 19 de novembro porque o
advogado Marcus Alânio, que defende Thiago Felipe Rodrigues Pereira, o
'Thiago Cabeção, renunciou ao processo. O caso ainda tem Kleisson de
Souza Freitas da Silva, o 'Negão' como réu.
Thiago e
Kleisson foram denunciados pelos crimes de homicídio triplamente
qualificado, sequestro e cárcere privado, roubo qualificado, estupro,
vilipêndio (maltrato de cadáver) e ocultação do corpo. Caso sejam
condenados às penas máximas, eles poderão ser sentenciados a mais de 60
anos de prisão.
"O luto é
eterno. Nós naõ vamos desistir nunca e confiamos que será feita
justiça", disse Rosilene, mãe de Maria Luiza em entrevista ao G1 RN.
Consta ainda no
Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte um pedido de desaforamento
desaforamento para mudar o local do julgamento de Natal para Mossoró ou
Pau dos Ferros, cidades da região Oeste. A defesa alega que a família da
vítima criou um clamor nas redes sociais, convocando pessoas para
comparecerem ao júri, o que pode interferir na avaliação dos jurados. O
pedido ainda não foi julgado e, de acordo com a assessoria do TJRN, caso
seja acatado, a data do julgamento pode ser alterada novamente.
O crime
O
promotor Augusto Flávio Azevedo conta que o assassinato de Maria Luiza
teve uma "combinação de desejo e estímulo de droga". "Há um desejo
reprimido pela moça da parte de um dos acusados, o Thiago, e um
flagrante do envolvimento de ambos os acusados com drogas. Os dois
andavam juntos. Era um dia esquisito e chuvoso quando a menina foi pega a
força e colocada em um carro. Ela sofreu diversos abusos, foi morta e o
corpo foi desovado", acrescenta.